Foto (Silva) 042
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Viagem de ida 1969 (2)
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Viagem de ida 1969 (1)
sábado, 27 de outubro de 2007
Aquartelamento no Cobué (9)
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Cobué. A praia (1)
Na zona próxima de Metangula não se verificava esta configuração das margens.
Notas:
* Ao nadar no Lago, evitava-se nadar nas proximidades da vegetação que se vê na água do Lago, por aí, dizia-se, haver maior susceptibilidade de contrair bilharziose.
** A mancha de terra que se vê em frente da praia na fotografia é a Ilha de Likoma, do Malawi.
Foto Cobué praia
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
“Aquartelamento” em Mueda (1)
Nota* Este patrulhamento nocturno em viatura era bastante desconfortável e de duvidosa eficácia, quer pela vulnerabilidade do pessoal nas viaturas, cuja marcha era bem identificada do exterior, quer pelas reduzidas visibilidade e audição, esta com o barulho dos motores.
Foto Mueda122
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Aquartelamento em Porto Amélia (3)
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Patrulhamento do Rio Zambeze (1)
Na fotografia, uma imagem do Rio Zambeze tirada num patrulhamento, é visível a Missão de Boroma.
Noutras zonas o leito do rio estreitava entre zonas escarpadas, em que os botes eram facilmente vulneráveis a atiradores de terra.
Este mesmo Rio Zambeze tornava-se completamente diferente em período de chuvas, com águas castanhas e muita vegetação, ramos e animais mortos à superfície.
Foto Tete135
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Reencontros. O arranque, 31 anos depois.
Ainda se dispunham na altura de poucas moradas actualizadas, mas as que havia serviram para juntar no dia 19 de Outubro desse ano de 2002, à tarde, um grupo proveniente de várias partes do País, todos já almoçados nas redondezas (onde cada um quis), numa sala de aula da Escola de Fuzileiros (EF) cedida pelo respectivo Comando. E dessa reunião saiu a nomeação da 1ª Comissão organizadora para realizar em 2003 o primeiro Encontro.
domingo, 21 de outubro de 2007
Início da Comissão. Vila Cabral a Meponda (3)
O uso do capacete, de metal como eram todos na altura, era obrigatório para protecção pessoal, mas com o inconveniente de ser pesado e francamente incómodo.
Nota: Distinguem-se perfeitamente, na 1ª fila, os seguintes elementos do DFE5: à esquerda o 180/65 MAR FZE Arnaldo Lopes Geraldo, ao centro, em cabelo, 1377/67 1º GRT FZE Manuel Coelho da Silva e à direita o 1572/67 1º GRT FZE José Maria Pimenta (Barcelos).
Julgamos que ainda se reconhecem mais alguns elementos, mas só serão acrescentados os seus nomes quando houver confirmação.
Foto VC_Meponda001
sábado, 20 de outubro de 2007
Curiosidades. Cobué (1)
Recorda-se ainda que, para além das saudades da terra serem normalmente muito grandes, estava no imaginário de muitos militares uma possível viagem ao Continente português, para uso de férias, que teria que ser feita em avião. Aviões do único operador, a TAP, com preço entre 16 e 20 contos na moeda da altura (1970) com partida da Beira para Lisboa.
Naquelas instalações de grande movimentação de pessoal, porque iam rodando com elementos da respectiva Companhia estacionada no Lunho, estava escrita a seguinte e curiosa quadra:
O nosso vago-mestre
é um gajo porreiro,
até já foi a Lisboa
com o nosso dinheiro.
Nota* Para além do DFE5, estavam no Cobué como já referimos, no mesmo aquartelamento mas em áreas diferenciadas do edifício, um pelotão duma Companhia de Fuzileiros e este pelotão (-) (incompleto) do Exército.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Mocimboa da Praia. Desembarques e reembarques (1)
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Operação “Nó Górdio” (1)
Foto img131
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Aquartelamento no Cobué (8)
Na fotografia mostra-se um aspecto parcial dessa sala, com os 4 oficiais do DFE5 à mesa, na refeição do almoço.
Foto Cobue004
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Aquartelamento no Cobué (7)
Um outro aspecto da área do Cobué, desta vez a vista, também do alto da Igreja*, para Leste, para o lado oposto ao Lago Niassa, isto é, para o interior do território de Moçambique.
As casas visíveis não pertenciam às Forças Armadas, sendo uma a do Chefe do posto do Cobué.
Nota* Parte do telhado desta é visível em primeiro plano.
Foto Cobue010
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Aquartelamento no Cobué (6)
domingo, 14 de outubro de 2007
Telegrafistas
Eram eles:
72/66 MAR C (FZE) | Joaquim José Feliciano Palma |
1207/67 MAR C (FZE) | Jorge Verde Ferreira |
Comunicações inicialmente através do PRC 10 e pouco depois pelo Racal TR28 nas suas várias versões e modernizações, poucas vezes em fonia, na generalidade em grafia / morse acústico assegurando ligações a grandes distâncias. Um telegrafista apoiando cada Grupo de Assalto, ficando muitas vezes o outro na base, mesmo com o DFE5 completo, a assegurar qualquer ligação que fosse necessária.
No Cobué, em que se tinha a responsabilidade de manter contacto regular a horas determinadas, os QSO’s, com o CDMPLN em Metangula, através dum pequeno posto de comunicações com equipamentos fixos, eram sempre estes elementos que asseguravam em permanência esses contactos.
sábado, 13 de outubro de 2007
Cobué. Tempos livres (1)
Num fim-de-semana, numa das portas do aquartelamento, preparando uma ida à praia, no Lago Niassa. As praias do Cobué eram de areia branca, um branco ligeiramente amarelado. Quando o tempo o permitia esta ocupação dos tempos livres era uma boa alternativa à leitura ou a algum desporto de bola. Mesmo os elementos que dispunham de rádios portáteis, não captavam qualquer posto, pelo que nem música nem notícias ali chegavam por essa via. Excepção, há quase sempre uma, era o 3º Oficial que usava o seu rádio num determinado posto para treinar o ouvido para morse acústico.
Da direita para a esquerda, três dos oficiais do DFE5 (Imediato, 4º e 3º oficiais), com o Chefe do posto Leong.
Foto Cobue021
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Aquartelamento no Cobué (5)
Na pequena baía que ali se formava, havia espaço para as Lanchas, de Desembarque Médias* ou Pequenas (LDM ou LDP), abicarem. E essa zona era servida por uma pequena praça onde podiam ser efectuadas as cargas e descargas, no centro da qual é visível um farolim, importante ajuda à navegação e demanda daquele local. Visível igualmente um jeep, a segunda das duas viaturas existentes, que como quem se lembrar (ou tiver sido leitor atento) sabe que era o "jeepão".
Nota* Na foto pode ver-se a proa da LDM204
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Lições aprendidas (2)
Nas operações executadas pelo DFE5, era sempre usado o uniforme camuflado com botas de cano ou botas de lona com meias de enchimento, conforme o gosto de cada um. Mas, neste uniforme, não era usado exteriormente qualquer indicativo do posto, tal como os galões de oficial e as divisas de sargento ou de praças. Este procedimento, entre nós que nos conhecíamos todos muito bem e éramos 80, não fazia qualquer diferença. Isto para evitar que os mais graduados, os chefes, fossem identificados e algum destes elementos, fosse alvo primordial dum atirador inimigo com a consequente perturbação do desenrolar da operação em curso.
Nota: Recorda-se que era usada, pendurada ao pescoço, uma chapa de identificação metálica, normalizada, preparada para se partir em duas em caso de morte desse elemento, ficando uma parte com o corpo.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Episódios curiosos (1)
De madrugada, ainda antes dos primeiros alvores do dia 18, dia do 23º aniversário do Oficial Imediato, tentaram-se de novo as anteriores alternativas, que resultaram infrutíferas. Pareceu então ao Imediato, que mais jovem tinha sido razoável nadador, que ainda haveria a possibilidade de explorar a possibilidade de tentar atravessar o pequeno rio, a nado. Com uniforme e calçado, com o cinturão à cinta com 6 carregadores de G3 e um saco de plástico camuflado com o poncho no interior, para fazer o teste na opção mais difícil. Desconhecidas técnicas que há hoje de utilizar o uniforme como flutuador, a pequena travessia foi desgastante e não concluída, porque a acessibilidade ao outro lado estava tapada por imensa vegetação que nascia no rio, tipo canavial (que se dizia responsável pela propagação da bilharziose*). Aí pensou que conseguiria descansar um pouco, mas ao agarrar um braçado das canas elas vergavam com o peso e afundavam o nadador que com dificuldade se conseguia manter à tona de água. Foi então neste período de luta de sobrevivência, que estando o saco do poncho ligeiramente afastado do corpo e a flutuar, mereceu a atracção dum jovem crocodilo até aí não visto, de cerca de 2 metros, e que o tentou abocanhar. A preocupação e o cansaço eram tais que a presença deste anfíbio foi na altura muito desvalorizada, reveladora duma certa inconsciência. Ultrapassado este aspecto, maior peso assumiu a vontade de regresso à margem, em que o peso das cartucheiras municiadas e das botas molhadas, mesmo sendo as de lona, dificultava a natação. Assim, libertou-se a meio do rio do cinturão com os seus acessórios, retornando à margem em que era aguardado com ansiedade. Deitado por terra um bom bocado, tentando recuperar do esforço, tomou consciência de que essa via ficava completamente rejeitada. Liberto do uniforme e das botas voltou depois de recomposto ao meio do rio e, mergulhando em apneia num fundo de pouco mais de 3 metros, recuperou do fundo os artigos militares que antes ali largara. Parecia pois aparentemente esgotada qualquer saída do local para o interior e que a única solução seria o pedido por rádio de reembarque na LFP que, entretanto e há muito, tinha abandonado o local.
Eis que no chão junto à tal vegetação cerrada se viram vestígios de pegadas de javali. Como ali não chegariam a nado, investigou-se a sua origem e viu-se na densa vegetação um pequeno buraco junto ao chão, de não mais de 30 cm. E foi rastejando por ali mesmo, por aquele orifício, que se encontrou a saída do local, através do mesmo pântano mas por um percurso em que a água não atingia mais de 20 cm. Foi assim possível sair daquela praia e arrancar efectivamente para a operação planeada.
Nota* Sobre bilharziose ver: http://homepage.ufp.pt/pseixas/posgradIH/Modulo%20de%20Saude%20Publica%20e%20Controlo%20de%20Doencas%20-%20Documentos%20do%20Prof.%20Abilio%20Antunes/Bilharziose.pdf
A assinalar este acontecimento, surgiu na altura num jornal do Comando da Defesa Marítima dos Portos do Lago Niassa, designado o Tchifuli, a caricatura que hoje se mostra dum crocodilo bem confortado. Assinada sob pseudónimo JOSU TOZA, rapidamente se soube ser da autoria do SUBTEN RN José Luís Tocha Antunes dos Santos (12º CFORN), Comandante da LFP “Régulus” .
Nota: “Checa” era a designação dada aos militares recém-chegados a Moçambique
Foto Niassa010
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Aquartelamento no Tchiroze (2)
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Cabos da Unidade
Cabo FZE Alberto João Prates Pinto | Enc. da Secretaria |
Cabo FZE Hilário Gineto (Nazaré) | Adjunto (para botes e motores) do Sarg Sesimbra |
Cabo FZE Jorge Joaquim Aguiar de Sousa | Adjunto (para o armamento) do Sarg Parrinha |
Cabo FZE Noémio Charrama Antelo (Napoleão) | Adjunto do Quartel-Mestre Sarg Diogo |
Os Cabos eram todos da classe de Fuzileiros e Fuzileiros Especiais (FZE), do Quadro Permanente (única situação existente para Cabos) , com experiência anterior em África.
domingo, 7 de outubro de 2007
sábado, 6 de outubro de 2007
Moços de Botica
Já em Metangula o 1º Sarg. H Carvalho ministrou-lhes um pequeno curso, que foi sendo permanentemente completado com prática nos serviços de saúde. Lembro-me perfeitamente dos seguintes nesta função, mas julgo que não seriam só estes quatro:
1102/67 Mar FZE* | Delfim Miranda Machado |
1436/67 Mar FZE* | José Carlos |
1476/67 Mar FZE* | Bernardino Lopes Marques |
1494/67 Mar FZE* | Manuel Alexandre Guedes (Régua)** |
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Nota* Eram todos 1º Grumete e foram promovidos a Marinheiro (Mar) durante a comissão.
** Tendo sido escolhido para ordenança do Comandante do DFE5 deixou praticamente de desempenhar funções de moço de botica.
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Louvores colectivos (4)
Nota* Curiosamente, o Comandante deste Sector nesta data era o Coronel Tirocinado Henrique Calado, reconhecido cavaleiro internacional e grande concursista hípico (saltos de obstáculos).
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Início da Comissão. Vila Cabral a Meponda (2)
Estava-se nessa altura a proceder à amarração da viatura sinistrada para não cair, assegurando-se ao mesmo tempo a possibilidade de passagem para continuação do percurso das restantes camionetas.
Na primeira fotografia são bem identificáveis o cabo FZE 8933 Joaquim Aguiar de Sousa (com barbas) e o Mar FZE 819/67 Manuel Joaquim Pires ("Chaves").
Fotos Ac_Meponda003 e Ac_Meponda004
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Início da Comissão. Vila Cabral a Meponda (1)
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Lições aprendidas (1)
O camuflado tinha no dolman reforços pespontados nos ombros e nos cotovelos, o que, salvo erro, também acontecia nas calças na zona dos joelhos. Se por um lado conferiam alguma protecção em caso de queda, aquela concepção revelou graves inconvenientes. Com a chuva o camuflado ficava todo molhado e essas partes eram as que mais demoravam a secar*, com a desvantagem de que essas humidades coincidiam com articulações.
Os efeitos só os compreendemos mais tarde.
Nota* As diferenças térmicas da noite e do dia eram muito significativas. Com o calor do dia era possível que algumas partes da roupa secassem, mas durante a noite isso era praticamente impossível, designadamente aqueles reforços.