Em 1970 o dispositivo dos Destacamentos de Fuzileiros Especiais em Moçambique foi alterado, passando um DFE para a área de Tete. Assim aconteceu primeiro com o DFE6 e a seguir, à data do fim da comissão deste em Moçambique, com o DFE5 que, saindo de Porto Amélia o foi render (30AGO1970*). O aquartelamento inicial, em Tete, dentro do Forte de S.Tiago, na cidade, na margem direita do Rio Zambeze, era constituído por tendas de campanha, um telheiro e algumas infraestruturas do próprio forte para guarda de material. O forte não era integralmente ocupado pelo DFE5 pois ali havia também instalações do almoxarifado, sem qualquer vinculo à área militar. As temperaturas nessa cidade eram frequentemente superiores a 40º C à sombra. Pouco tempo depois, para substituição das tendas foram construídos dentro do forte vários pré-fabricados adquiridos pelo Comando Naval de Moçambique, trabalho integralmente efectuado pelo pessoal do DFE5 apenas sob orientação técnica de elementos da firma vendedora.
Neste período, o DFE5 ainda ocupou a título permanente um posto no Tchiroze (ou Chiródese), onde em regime de rotação permaneciam cerca de 20 elementos. Nesta zona, de Tete ao Tchirose, as preocupações operacionais centravam-se principalmente no Rio Zambeze, quer em patrulhamento em botes quer em patrulhamento apeado, em pequenos grupos de dimensão inferior a grupo de combate, ao longo das margens do rio.
Este período coincidiu com a fase inicial da construção da barragem de Cahora Bassa, mais a montante, e da construção da ponte sobre o Zambeze que ligaria Tete à outra margem. Enquanto ali permanecemos o transporte de pessoas e viaturas entre as margens era efectuado por jangadas motorizadas.
O DFE5 manteve-se nesta zona até ao fim da comissão em Moçambique, no princípio de 1971, seguindo de Tete para a cidade da Beira, onde embarcou para regressar a Lisboa.
Nota* Data da chegada a Tete do DFE5. O Oficial Imediato e outros elementos tinham chegado em antecipação uns dias antes, de avião.
Nenhum comentário:
Postar um comentário