
domingo, 30 de setembro de 2007
Louvores: Colectivos (3)

sábado, 29 de setembro de 2007
Resultados de operações (1)

Não se dispondo de prisão, foi pouco depois colocado numa camarata* de pessoal (praças) do DFE5, que dispunha de beliches duplos de ferro, ficando algemado durante a noite a um deles para maior segurança.
Nota* De alguma irritabilidade contra esse representante do IN latente na expressão e comentários de alguns elementos da Unidade, pouco tempo depois esses mesmos elementos já estavam a oferecer cigarros e alimentos ao prisioneiro, sugerindo ao comando da unidade diferente forma de prisão do Ali Bwanali face à incomodidade das algemas.
Foto Cobue006
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Aquartelamento no Cobué (3)
Em Julho de 1969 e face às dificuldades em alimentação que se sentiam no Cobué, decidiu o DFE5 aproveitar um terreno inculto nas proximidades, junto ao Lago Niassa, para cultivar vegetais que tanta falta faziam.
Com explosivos rebentaram-se grandes pedras (para assim se poderem retirar) e um tractor conseguido de Metangula ajudou a lavrar o terreno. Depois da sementeira, em especial de alface e tomate, tudo regado com água do Lago Niassa mesmo ao lado, os resultados foram surpreendentes. Passaram-se a assegurar saladas nas duas refeições principais, almoço e jantar, para cerca de 140 homens: 80 do DFE5, 30 do pelotão duma Companhia de Fuzileiros cujo comando se encontrava em Metangula e 30 dum pelotão do Exército. Mesmo assim a produção excedia as necessidades, tendo-se chegado a “exportar” para lanchas e para o Comando da Defesa Marítima.
Foto Cobue022
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Aquartelamento em Mocimboa da Praia (2)
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Aquartelamento no Cobué (2)

Nota* Uma das duas viaturas existentes no Cobué. Atribuído à responsabilidade do 77/66 Marinheiro FZE António Manuel Carrapato Lourinho do DFE5.
Foto Cobue019
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Aquartelamento no Tchiroze (1)

As fotografias mostram o aquartelamento ao alto à esquerda e a vista daquele sobre o Rio Zambeze.
Mais tarde construiram-se mais abaixo algumas palhotas para alojamento de alguns elementos, entre os quais do grumete responsável pela cozinha.
Nota* Que diariamente, ou pelo enfermeiro ou por um dos moços da botica, prestava assistência a vários elementos da população vizinha e das redondezas, em medicamentos e tratamentos.
Fotos Tchiroze001 e Tchiroze004
Ministro do Ultramar (2)
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Ministro do Ultramar (1)

Nas fotografias podem ver-se aspectos da Guarda de Honra e o helicóptero da FAP (dum grupo de cinco) em que o ministro seguiu para visitar Cahora Bassa.
Fotos Tete004 e Tete017
domingo, 23 de setembro de 2007
Aquartelamento em Mocimboa da Praia (1)

Nota* Cerca de quinze dias por mês, em alternância com o DFE6
Foto Moc_Praia005
sábado, 22 de setembro de 2007
O início da Comissão. Lisboa a Moçambique

Nota* A viagem em avião teve a seguinte duração: Lisboa-Bissau 8 horas; 2 horas no aeroporto de Bissau antes de descolar para a viagem para Luanda, de 10 horas (24 horas em Luanda, com dormida nas Messes da FAP); mais 7 horas de voo até L. Marques.
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Louvores: Colectivos (2)
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Aquartelamento em Tete (1)

O aquartelamento em Tete, dentro do Forte de S.Tiago da cidade, na margem direita do Rio Zambeze, era inicialmente constituído por tendas de campanha, grandes com beliches* e pequenas, um telheiro onde se tomavam e confeccionavam as refeições e algumas infraestruturas do próprio forte para guarda de material; uma delas, concebida para instalações sanitárias, com duches, que por serem mais frescas eram usadas para a guarda do material de saúde. O Comandante do DFE5 residia fora do Forte. O Forte não era integralmente ocupado pelo DFE5 pois num conjunto de instalações situadas à direita do portão de entrada existiam instalações do almoxarifado, com a residência duma família sem qualquer ligação à área militar. As elevadas temperaturas na cidade tornavam as tendas pouco suportáveis para habitabilidade e, tratando-se duma situação transitória que se ía tornar definitiva, o Comando Naval de Moçambique providenciou a aquisição a uma empresa SÓCASAS um conjunto de casas pré-fabricadas, que, para surpresa da Unidade teriam que ser (e foram) construídas pelo próprio pessoal do DFE5, incluídas as sapatas de sustentação da estrutura (partes laterais e asnas) dos edifícios.
As fotografias mostram a muralha exterior do Forte de S. Tiago do lado do Rio Zambeze e os primeiros pré-fabricados construídos (que substituíram as tendas), da esquerda para a direita, destinados a praças, oficiais e sargentos.
Nota * Nas tendas não havia armários onde o pessoal pudesse arrumar/pendurar o respectivo fardamento. Recorda-se que na altura as praças só podiam sair de licença uniformizadas, de uniforme branco, normalmente com corpete.
Fotos Tete 003 e 009
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Louvores: Colectivos (1)
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Zonas de actuação (3)

Em 1970 o dispositivo dos Destacamentos de Fuzileiros Especiais em Moçambique foi alterado, passando um DFE para a área de Tete. Assim aconteceu primeiro com o DFE6 e a seguir, à data do fim da comissão deste em Moçambique, com o DFE5 que, saindo de Porto Amélia o foi render (30AGO1970*). O aquartelamento inicial, em Tete, dentro do Forte de S.Tiago, na cidade, na margem direita do Rio Zambeze, era constituído por tendas de campanha, um telheiro e algumas infraestruturas do próprio forte para guarda de material. O forte não era integralmente ocupado pelo DFE5 pois ali havia também instalações do almoxarifado, sem qualquer vinculo à área militar. As temperaturas nessa cidade eram frequentemente superiores a 40º C à sombra. Pouco tempo depois, para substituição das tendas foram construídos dentro do forte vários pré-fabricados adquiridos pelo Comando Naval de Moçambique, trabalho integralmente efectuado pelo pessoal do DFE5 apenas sob orientação técnica de elementos da firma vendedora.
Neste período, o DFE5 ainda ocupou a título permanente um posto no Tchiroze (ou Chiródese), onde em regime de rotação permaneciam cerca de 20 elementos. Nesta zona, de Tete ao Tchirose, as preocupações operacionais centravam-se principalmente no Rio Zambeze, quer em patrulhamento em botes quer em patrulhamento apeado, em pequenos grupos de dimensão inferior a grupo de combate, ao longo das margens do rio.
Este período coincidiu com a fase inicial da construção da barragem de Cahora Bassa, mais a montante, e da construção da ponte sobre o Zambeze que ligaria Tete à outra margem. Enquanto ali permanecemos o transporte de pessoas e viaturas entre as margens era efectuado por jangadas motorizadas.
O DFE5 manteve-se nesta zona até ao fim da comissão em Moçambique, no princípio de 1971, seguindo de Tete para a cidade da Beira, onde embarcou para regressar a Lisboa.
Nota* Data da chegada a Tete do DFE5. O Oficial Imediato e outros elementos tinham chegado em antecipação uns dias antes, de avião.
domingo, 16 de setembro de 2007
Operações: No Niassa (1)

Com alguma regularidade foram efectuadas operações na zona norte do território moçambicano, junto ao Lago, na zona montanhosa designada por Lipoche, para verificação do estado duma antiga infiltrante da FRELIMO. A fotografia documenta um daqueles reembarques.
Foto Lipoche002
sábado, 15 de setembro de 2007
Aquartelamento em Metangula (2)

Decorria uma gincana aquática em que participaram alguns elementos do DFE5, inserida nas comemorações desse dia.
Nota* Data recentemente alterada (2001?) para 20MAI, data de chegada à Índia da Armada de Vasco da Gama.
Foto Metangula022
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Aquartelamento no Cobué (1)

Nestas fotografias podem ser vistas as instalações principais utilizadas: numa o maior edifício (alojamentos, serviços, refeitórios), e na outra uns anexos usados como arrecadações e agro-pecuária para ajuda ao sustento da unidade.
Este aquartelamento, no Cobué, foi atacado pela Frelimo em 15 de Julho de 1970 (em especial com canhão sem recuo), quando se encontrava fora, em operação, metade do DFE5. O ataque foi repelido.
Fotos Cobue 001 e 002
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Entreposto de Vila Cabral

Em Vila Cabral existia uma residência da Marinha, designada por “Entreposto”, que prestava apoio aos movimentos logísticos e de pessoal com (para e do) o Lago Niassa (para Meponda em viaturas e para Metangula em avião, não havendo ligações directas ao Cobué). Era guarnecida permanentemente por pessoal de Marinha normalmente de abastecimento (L) e permitia que alguns elementos em trânsito ali pernoitassem, se necessário. Esse pessoal assegurava em especial a ligação aos voos militares e civis no aeroporto civil, bem como aos dois aviões estacionados em Metangula e aos respectivos pilotos.
A fotografia mostra este Entreposto em Vila Cabral.
Foto Vila_Cabral001
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Aquartelamento em Porto Amélia (2)
Nota *Recordo que um rolo de slides / diapositivos na altura -1970 -, que, normalmente, era adquirido com revelação incluída, tinha que ser mandado revelar no estrangeiro, neste caso na Àfrica do Sul, o que podia demorar 2 a 3 semanas.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Aquartelamento em Porto Amélia (1)

As fotografias juntas mostram aspectos gerais do aquartelamento dos fuzileiros onde se encontrava o DFE5.
domingo, 9 de setembro de 2007
Zonas de actuação (2)

Em 1969 o dispositivo de DFE’s em Moçambique era de dois DFE no Niassa (um em Metangula e outro no Cobué), e dois em Porto Amélia, estes sob o Comando da Defesa Marítima dos Portos de Porto Amélia (CDMPPA). No período inicial o Comandante da Defesa Marítima era o CFRAG Manuel da Rocha Santos Prado, que tendo algum tempo depois passado a Governador do Distrito de Cabo Delgado, foi substituído naquelas funções militares pelo CFRAG António Gonçalves Ramos.
Do Niassa, ainda em 1969, em Novembro, o DFE5 seguiu para Porto Amélia (para render o DFE4 comandado pelo 1º TEN SEF José de Almeida e Costa Cardoso Moniz - mais tarde transitou para o então novo quadro de oficiais Fuzileiros- que terminava a comissão em Moçambique regressando a Lisboa). O Comandante do DFE5 foi o primeiro a apresentar-se em Porto Amélia e o grosso da Unidade só ali chegou em 24NOV1969 depois duma viagem nas lanchas até Meponda, dali em viaturas até Vila Cabral e seguidamente em dois aviões Nord-Atlas* da FAP até Nacala, donde, na FF “D. Francisco de Almeida” foi levado para Porto Amélia, onde se manteve com base permanente até Agosto de 1970.
Nesta zona de Cabo Delgado inicialmente as operações realizaram-se sob o comando militar do Exército sediado em Mocimboa da Praia, local onde o DFE5 (alternando com o DFE6) fazia base cerca de 15 dias por mês para duas operações, de 3 a 4 dias cada, e mais tarde sob o comando da Marinha – CDMPPA - na orla costeira. Foi neste período que o DFE5 se deslocou para Mueda para participar na Operação Nó Górdio, operação realizada sob as ordens do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Moçambique General Kaulza de Arriaga. Enquanto em Cabo Delgado, o DFE5 era transportado para Mocimboa da Praia e para as zonas de operações ou em Fragatas (FF) ou na Lancha de Desembarque Grande (LDG) Cimitarra. No litoral o DFE5 era usualmente desembarcado por botes de borracha Zebro III pelas Unidades de Desembarque das Fragatas e, curiosamente, na primeira operação, realizada no Norte, junto à fronteira, com tropas paraquedistas, foi desembarcado em Palma duma fragata para embarcações à vela tripuladas por nativos locais.
Nesta zona as operações foram realizadas pela Unidade completa a quatro grupos de combate /dois grupos de assalto e consistiram essencialmente em golpes de mão e operações de nomadização.
Nota* Um destes dois aviões preparados para o transporte do DFE5, teve de levar de Vila Cabral 11 militares duma Companhia de Comandos em estado muito grave, feridos numa operação nessa madrugada, aterrando primeiro em Nampula para os evacuar.
sábado, 8 de setembro de 2007
Aquartelamento em Metangula (1)
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Zonas de actuação (1)

Os desembarques para as operações eram efectuados a partir das lanchas de fiscalização pequenas (LFP) e, para terra, destas ou a partir de botes de borracha, ou ainda por abicagem das LFP directamente à praia (como sucedeu na primeira operação efectuada conjuntamente com o DFE6, Destacamento esse há mais tempo em comissão, comandado pelo 1º TEN Hermenegildo Duarte Lourenço).
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Sargentos da Unidade
1º Sarg FZE Guilhermino Augusto Ângelo * | |
1º Sarg FZE Arnaldo Laranjo Ferreira * | |
1º Sarg FZE Manuel Maria de Carvalho Diogo * | Quartel-Mestre |
1º Sarg FZE António Manuel Prata Pinto (Sesimbra) | |
2º Sarg H Manuel Leitão Duarte Carvalho * | Enfermeiro |
2º Sarg FZE Francisco Custódio da Silva Parrinha * | |
* Seguiram posteriormente a carreira de oficial: três nas Classes do Serviço Especial (SE) e dois de Oficiais Técnicos (OT).
domingo, 2 de setembro de 2007
Oficiais da Unidade
Comandante | 1º TEN Luís Filipe Vidigal Aragão |
Imediato | 2º TEN Joaquim Francisco de Almada Paes de Villas-Bôas |
3º Oficial | SUB TEN FZ Antides Rama de Oliveira Santo * |
4º Oficial | SUBTEN FZ António Lopes Fernandes * |
O Imediato foi promovido a 1º TEN no último período da Comissão já em 1971. Os 3º e 4º Oficiais foram promovidos a 2º TEN. A promoção do SUBTEN Santo a este posto só na passagem à disponibilidade e a do SUBTEN Lopes Fernandes ainda em Comissão.
* Após a saída da Marinha, terminado o seu tempo de serviço militar, vieram a licenciar-se em Medicina e Direito, respectivamente.