terça-feira, 21 de outubro de 2014

Lições aprendidas (4)

Na primeira operação do DFE5, no Niassa, foi afirmado por um elemento da Unidade a sua intenção de fazer uso apenas duma pistola Walther de 9mm, em vez da espingarda G3 de 7,62mm, tendo presente que isso seria mais consentâneo para o pessoal dos serviços de saúde, como era o seu caso.
Mas passada a primeira "operação" em que o próprio se sentiu desconfortável em relação aos outros elementos, havia também que ponderar a vulnerabilidade desse elemento, face à sua diferenciação em relação a todos os outros que utilizavam na quase generalidade a G3 (salvo aqueles a quem estava atribuído armamento mais pesado -Lança grandas foguete - LGF 88.9 vulgo basooka, a metralhadora-ligeira MG42 e o morteiro 60-). A decisão, com a anuência do próprio, foi a de adoptar o armamento da generalidade, a G3.

Pela mesma razão não usávamos em operações nos camuflados os distintivos dos postos (oficiais, sargentos e praças - cabos, marinheiros e grumetes) dificultando assim ao IN a identificação dos alvos mais apetecíveis: os chefes. De notar ainda que na altura os galões dos oficiais e as divisas dos sargentos eram douradas, refletindo o Sol, o que facilitaria a respectiva identificação.

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