terça-feira, 15 de novembro de 2011

Uma estrada em Moçambique 1970

Um aspecto da estrada de Tete para Chimoio nos finais de 1970.


Num dia com o céu menos nublado, azul, o contraste das cores seria mais evidente.

Diapositivo (África tricolor) de Antides Santo

4 comentários:

Antides disse...

Este "slide" ilustra uma das facetas dos trópicos, de África em particular: a cor vermelho-vivo da terra, com a vegetação exuberante em tom verde. Falta o azul, substituído pelo cinzento... para os que não gostam do "cinzentão", será bom lembrar-lhes que esta é a cor da promessa de chuvas criadoras. E o azul está lá por trás, à espera do seu momento...
Qualquer semelhança com outros mundos é pura coincidência!
Cá por mim, tenho sangue vermelho.

Antides disse...

Se não tivesse havido antes o Niassa e Cabo Delgado, a nossa estadia em Moçambique poderia parecer turismo, daquele de mochila às costas...
Mas até em Tete, um dia, já cá, soube que um fuzileiro morrera, quando o bote foi alvejado naquela zona de corrente e redemoínhos medonhos, com os montes a apertar o rio. Pena não ter fotos do local.

Unknown disse...

O fuzileiro a que se refere era do meu destacamento e meu amigo....Correia. Emboscada no Zambeze perto do Mágoé-Velho nosso acampamento.
F Bento Ex Mar. telegrafista DFE3 72/74

Antides disse...

Eles, os mortos, fizeram o sacrifício supremo, o da vida. A nós que a sorte - ou o dedo de Deus? - permitiu estarmos cá, até hoje, incumbe a missão irrecusável de darmos testemunho do que é a guerra, ela que começa de forma subtil, nos nossos comportamentos.
Obrigado pela informação.