quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Cobué. Vida corrente (2)

No Cobué passaram-se durante um largo período algumas dificuldades no abastecimento de géneros, em especial pela sua pouca diversidade. Houve mesmo um período de mais de 3 semanas em que só tivemos como solução comer bacalhau às duas refeições - que mesmo cozinhado de várias maneiras deu para saturar os que ainda gostavam - , levando o Comandante da Unidade a colocar o assunto ao CDMPLN de forma pouco usual, com a ameaça do início da pesca no Lago Niassa por processos não tradicionais e terminantemente proibidos por este Comando de Defesa Marítima.
Foi assim permitido a determinados elementos do DFE5 caçarem nas proximidades para benefício do rancho, como a fotografia documenta.
Na fotografia podem ver-se o 180/65 Mar FZE Arnaldo Lopes Geraldo (Ericeira) e o 1º Grt FZE 1377/67 Manuel Coelho da Silva

Nota: Na dotação de material de guerra dos DFE constavam duas caçadeiras, que foram menos utilizadas do que a G3, pela maior facilidade de obtenção de munições para estas, que também constituiam armas de defesa pessoal.

Foto Geraldo 21

6 comentários:

Antides disse...

Por sorte, o WWF (Fundo Mundial de Preservação da Vida Animal) não andava por perto...
Mas, com a guerra civil que se seguiu à independência, nem os animais da Gorongoza escaparam.
Quando a fome aperta...

Antides disse...

E assim um Coelho (Manuel Coelho da Silva)ajudou a caçar uma gasela :)
Mas só Coelhos dos lados de Aljubarrota, talvez parentes afastados da padeira, conseguem proezas destas...

Antides disse...

E assim um Coelho caçou uma gazela...

Antides disse...

O outro autor da façanha é o Geraldo, não aquele que arranjava sempre maneira de escalar muralhas, mas uma versão moderna, especialista em escolher alvos comestíveis(diria albos, do latim "album").

Antides disse...

Pois, nós sabemos: é gazela, não gasela.
Mas a escrita dá uma perspectiva (alguns escrevem perspetiva...) sobre o escriba. Por isso, não devia ser censurada, nem corrigida.
Brasil também já foi Brazil.

Antides disse...

Em dia de Benfica-Sporting, não é descabido falar de espécies ameaçadas: leões, águias e... acentos. Desculpem falar só dos últimos, a propósito de CÓBUÈ. No tempo em que os conceitos gramaticais não eram uma velharia, o primeiro acento indicava a sílaba tónica. Alguns dirão que em inglês, alemão, russo e latim não há acentos. Belo argumento; na Roma antiga também não havia telemóveis, essa "praga"...