Os Destacamentos de Fuzileiros Especiais, abreviadamente designados DFE, eram constituídos em 1969 por 80 homens, 4 oficiais, 6 sargentos - dos quais um enfermeiro - e 70 praças (cabos, marinheiros e grumetes) - dos quais dois telegrafistas -. Todos os elementos tinham que estar habilitados com o Curso de Fuzileiro Especial, de cerca de 4 meses de duração frequentado na Escola de Fuzileiros, curso que não era exigível ao pessoal designado para o outro tipo de unidades da Marinha que também serviram em África, as Companhias de Fuzileiros Navais, CF, organizadas em pelotões, de quantitativo, em pessoal, superior. Ambos estes tipos de Unidades eram comandadas por um 1º Tenente. Foram ainda constituídos pelotões de fuzileiros independentes.
O DFE5 assim foi constituído sob o comando do 1º Tenente da classe de Marinha Luís Filipe Vidigal Aragão. Tendo-se verificado a evacuação de dois elementos, foram estes substituídos por outras duas praças, pelo que no total prestaram serviço nesta Unidade 82 militares.
No último período em Moçambique, o DFE5 encontrava-se na Zona de Tete. Desta cidade (onde a ponte que atravessa o rio Zambeze ainda se encontrava em construção) seguiu para a cidade da Beira em comboio, onde aguardou no Aquatelamento das Tropas-paraquedistas o embarque no Navio Mercante de passageiros "Infante D. Henrique" para regresso a Lisboa, em viagem comercial (como a generalidade das outras unidades na altura) com escalas nos portos acima indicados. Este navio da frota nacional era então comandado pelo oficial da Marinha Mercante 
O período que antecedeu a decisão superior de regresso a Lisboa em navio mercante, foi algo conturbado, face a uma primeira intenção, felizmente depois revista (não sem certas tomadas de posição do Comando do DFE5), de mandar regressar o DFE5 a bordo duma Fragata da Armada portuguesa (com deficientes e inaceitáveis condições de alojamento para as praças).
