Vista do local onde estava o prefabricado que alojava o pessoal do DFE5 destacado no Chirodzi, sobre o Rio Zambeze, numa zona a juzante da actual barragem (naquela altura em construção).
Diapositivo de Antides Santo
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sexta-feira, 23 de abril de 2010
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17 comentários:
Os que preferem a selva da Natureza à "selva da Cidade" (já ouvi chamar a esta "floresta de pedra"), não podem jamais esquecer o espectáculo daquelas árvores africanas com dezenas de ninhos pendurados. Não sei se era esta, junto do nosso "barracão de zinco" no Chirodzi, que o ilustrava.
Um dia ao anoitecer (ou seria de manhã?) deixámos o barracão e passámos, de Zebro III, para a outra margem. A certa altura, ouvimos gritos de miúdos a virem na nossa direcção... Olhámos e vimos um magnífico animal que eles afugentavam das suas culturas. Os disparos foram imediatos e assim tivémos carne para uns dias!
24 de Julho de 1875. Mac-Mahon, líder francês, era árbitro bem cotado: até os nossos amigos ingleses o aceitaram para um desafio renhido entre eles e os lusos. Mas ele, com nome meio escocês, pregou-lhes uma partida...
E assim o "país do Y" tem hoje a sua capital na base deste, descentrada, à maneira americana!
15 anos depois, foi a outra face da medalha: o ultimato que separou politicamente Angola de Moçambique. Hoje, a sangue frio, temos de admitir que, uma vez mais, o célebre "common sense" inglês prevaleceu. Eles eram mais.
"País do Y": a original designação aparece na Net (não recordo o autor). Alguém terá reparado na "semelhança" da forma do país lusófono do Indico com um peixe que existe naquele oceano, chamado pegaso (cavalo alado da mitologia), parece que procurado para certos fins na Ásia?
Já agora, também existe o Pegaso constelação (nome próprio, com maiúscula).
E existiu a palavra Portuguez que a política da língua verteu para Português, para nos diferenciar dos vizinhos... Embora dando mais trabalho a escrever (tecla do ^).
Lógica nas línguas? Só se for no alemão... Mas, com as persistentes declinações, exige paciência.
Um natural de L.M. escrevia "mãi" na nossa era.Julgo que não por casmurrice, mas por analogia com "pai". Em fichas clínicas! Era de homem. Hoje há "espetadores", de touros, ou de línguas, é igual.
Um dia, no aeroporto de Tete, estava um grupo de jornalistas alemães (de visita a Cahora Bassa?). Cumprimentei-os na língua deles que o Caeiro (Lic. Figueira) me estimulara a estudar... "Você fala alemão?!" Encabulado, lá me desculpei: "nur ein Bisschen". E decidi nunca mais repetir...
Parece que está projectada uma nova barragem no Zambeze, precisamente no Chirodzi. Talvez na zona um pouco a juzante, onde o rio corre encaixado numa garganta. Não sou contra o progresso, mas a ser assim esta imagem ganha valor.
No Mondego, já depois do 25 de Abril, 3 barragens foram feitas: na Aguieira, na Raiva e o açude em Coimbra; deste último sai um canal de rega para os campos e para as celuloses. Que a nossa experiência aproveite aos moçambicanos.
O "boss" deste blog já me puxou as orelhas - por mais que uma vez - por meter aqui assuntos que extravasam do DFE5. Mas os que foram da RN e não do "Quadro" merecem um pouco de tolerância, em vez da "tolerância zero"...
Qualquer um de nós, ou pelo menos dos que vão ao estrangeiro - nem que fosse uma só vez - podia estar no WTC naquele dia fatídico; num avatar passado, poderíamos ter estado numa igreja de Lisboa no dia 1.11.1755; ou na estação de Atocha num dia 11; ou na costa NE do Japão a 11.3.2011...
Catástrofes naturais, ou de mão humana, a elas somos vulneráveis. Estamos aqui de passagem.
Um abraço para Kobe, Japão, a cidade por onde andou Venceslau de Moraes; cidade reconstruída, após sismo arrasador; cidade onde alguém visitou o nosso blog, nas últimas horas.
E outro abraço para a Austrália, onde vivem Frazers (Frasers) e outros descendentes de escoceses e ingleses que passaram por África e vão visitando este blogue. Desde Filipa de Lencastre, mesmo antes, a História nos uniu.
Um aviso para potenciais turistas. Nesta zona de Moçambique há uma mosca que injecta a doença tropical Tripanosomíase (Doença do Sono), de difícil tratamento. Recomendam-se precauções (rede mosquiteira, repelentes). Nós não fomos atacados, por isso estamos acordados...
Neste monte sobre o Zambeze, havia um outro bicho perigoso, o escorpião. Capaz de injectar veneno para atacar, ou em si próprio. Se forem a Tete, não deixem sapatos fora da tenda. Eles gostam de lá se instalar.
Todos guardamos na memória coisas que resistiram ao tempo. Recordo aquele comentário de um sargento, na Escola Naval: "Não se esqueçam que o material tem sempre razão!"
Mais tarde, como psiquiatra, a tia de um colega afirmou isto: "Os médicos são a esperança do Mundo."
Tanto um como o outro, com a sua verdade, são um exagero, como sabemos todos...
Isto, para falar de pessoas. O médico deve olhar para quem o procura sem atender à côr da pele, ao país de origem,ao partido, à religião. Como Cristo recomendava.
Para os interessados em aprender português. "Côr da pele" e "aprender de cor". CÔR deriva do latim "color, coloris" e "cor" vem de "cor, cordis"(coração). E a letra O soa diferente. Os acentos, em português, servem para isto.
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