Do Cancioneiro do Niassa, publicação não oficial organizada no "Estado-Maior do Comando da Defesa Marítima dos Portos do Lago Niassa" em 1969, em capítulos (apresentados em diferentes cores de acordo com a classificação atribuída ao conteúdo de cada fado /canção, face especialmente ao vernáculo utilizado). Contem fados duma recolha dos que já eram nessa data conhecidos e outros compostos por essa altura em Metangula.
À data da edição deste Cancioneiro o DFE5 já não se encontrava em Metangula, mas no Cobué.
Fado do Destacamento Veterano
Já fiz 20 ou já fiz 30,
Fiz 40 operações!
Sem falhar ou sem que minta
Palmilhei mato aos montões!
D’engolir tantas rações,
Eu d’entro em pouco rebento,
Passei noites ao relento,
Sem dormir um só momento!
(Refrão)
Oh! Turra
Vai-te embora
Ai de mim, estou tão cansado!
Meu corpo já está todo escavacado!
Passar a vida toda a emboscar
Nomadizar e palmilhar,
Isto é que é frete, isto é que é fado!
Tem pena e pensa em mim
Que é p’ra meu bem!
Deixa-te capturar,
Que é p’rá guerra acabar!
Não posso mais da “carcassa”
Sinto tudo do avesso
Desde que vim p’ro Niassa,
Nem conserto eu já mereço!
Quando chegar à terrinha,
Não sei se vou todo inteiro!
Que raio de ideia a minha,
De ter dado em fuzileiro!