MAR,s e GRT´s do DFE5: 855/67 Horácio Almeida Gomes

O Horácio Almeida Gomes, também conhecido entre nós por Aranhiço, foi incorporado na Armada em 1967 com o número 855/67, Marinheiro FZE. Prestou serviço no nosso DFE5.

O Horácio Gomes já faleceu.

Valorização académica no final dos anos sessenta

Parece que foi em Metangula, e não mais a Norte, que alguns iniciaram as aulas do então chamado 1º Ciclo do Liceu. Gente jovem, voluntariosa, com algum tempo livre, lançou mãos ao trabalho.
Num dossier de argolas enferrujadas pelos anos - 45! - encontrei* o terceiro teste de língua francesa que servi aos destemidos alunos...

No verso estão as notas atribuídas. Mas não as vou revelar. Com assuntos sérios não se brinca...

Nota*: De Tenente Antides Santo 3º Oficial do DFE5

Nota da Redação: O STEN RN FZ Antides Santo dedicou-se logo no 1º ano da nossa Comissão em Moçambique á valorização escolar de vários elementos do nosso DFE5 que assim o desejaram, tendo vários conseguido excelentes resultados e avanço na escolaridade.

Lições aprendidas (4)

Na primeira operação do DFE5, no Niassa, foi afirmado por um elemento da Unidade a sua intenção de fazer uso apenas duma pistola Walther de 9mm, em vez da espingarda G3 de 7,62mm, tendo presente que isso seria mais consentâneo para o pessoal dos serviços de saúde, como era o seu caso.

Mas passada a primeira "operação" em que o próprio se sentiu desconfortável em relação aos outros elementos, havia também que ponderar a vulnerabilidade desse elemento, face à sua diferenciação em relação a todos os outros que utilizavam na quase generalidade a G3 (salvo aqueles a quem estava atribuído armamento mais pesado -Lança grandas foguete - LGF 88.9 vulgo basooka, a metralhadora-ligeira MG42 e o morteiro 60-). A decisão, com a anuência do próprio, foi a de adoptar o armamento da generalidade, a G3.

Pela mesma razão não usávamos em operações nos camuflados os distintivos dos postos (oficiais, sargentos e praças - cabos, marinheiros e grumetes) dificultando assim ao IN a identificação dos alvos mais apetecíveis: os chefes. De notar ainda que na altura os galões dos oficiais e as divisas dos sargentos eram douradas, refletindo o Sol, o que facilitaria a respectiva identificação.

Fotos em operações (2)

Fotografia tirada durante uma operação em Cabo Delgado em 1970. Cinco elementos do DFE5 e três auxiliares (carregadores) deslocados do Comando da Defesa Marítima de Porto Amélia.

Do DFE5, da esquerda para a direita: 931/67 Mar FZE Luciano Martins Carvalho* (Manobra), 8929 Cabo FZE António Hilário Gineto (Nazaré), 578/67 Mar FZE António Alves Agostinho Filipe, 2037/68 1º Grt FZE José Carlos Bandeira Rodrigues e 615/67 José Francisco Carvalho Dias

Nota*: Já falecido
Nota2: Na generalidade das operações não era habitual os fuzileiros encontrarem-se tão próximos uns dos outros.

Foto do José Dias do nosso DFE5

Chegada a Lisboa em 02MAR1971 (1)

A chegada a Lisboa ao Cais da Rocha do Conde de Óbidos, no final da Comissão em Moçambique ocorreu em 02 de Março de 1971, depois duma viagem realizada a bordo do N/T "Infante D. Henrique".

Na fotografia um aspecto do desembarque e das bagagens pessoais, vendo-se da direita para a esquerda o 6164 2º Sarg H (FZE) Manuel Leitão Carvalho, de costas o Oficial Imediato 2º/1º Ten (FZE) Joaquim Paes de Villas-Boas e o 1512/67 Mar FZE Mateus Pedro Caldinhas e ainda (com barba) o 1334/67 Mar FZE Manuel Bernardino Mendes (Tartum).

Foto de JSPVB, pai de JFPVB.

Em Metangula (8)

Em 1969 o Edifício do Comando da Defesa Marítima dos Portos do Lago Niassa, também sede do Comando da Esquadrilha de Lanchas do Lago Niassa:

Foto cedida pelo 615/67 José Dias do nosso DFE5