segunda-feira, 25 de julho de 2016

Golpes de mão

O DFE5, como força especial, estava vocacionado para realizar vários tipos de operações ofensivas, em que o golpe de mão, realizado em várias circunstâncias, mais frequentemente durante a comissão na área de Cabo Delgado, constituía a de maior risco.
A Unidade efectuou operações deste tipo em várias circunstâncias e situações, nomeadamente  num assalto à Base de "Inhambane" *.

Golpe de mão**
: uma operação ofensiva realizada em segredo contra uma força ou instalação inimiga e que consistia no deslocamento efectuado em silêncio até às proximidades do objectivo e no ataque rápido e de surpresa para aniquilar forças lá instaladas, destruir as instalações, bases /aquartelamentos /acampamentos, material de guerra ou colher informações através de prisioneiros, documentos e equipamentos. Depois do ataque a retirada do local devia ser o mais rápida possível, o tempo mínimo indispensável para recolha e/ou inutilização de instalações e material de valor significativo, evitando constituir-se em alvo (especialmente por armas de tiro curvo - fogo de morteiro) do inimigo entretanto fugido do local.

Nota*: Nesta operação, por o DFE5 ter realizado o assalto à Base acompanhado duma Unidade doutro ramo sem a mesma preparação física e militar para o combate, podiam ter sucedido graves problemas porque no momento do assalto à Base (aos primeiros alvores), que devia ser efectuado com grande rapidez e sem perda de ligação entre os elementos da força com elementos IN (já á vista, armados e completamente desprevenidos), a outra Unidade (que vinha na rectaguarda) parou ,pondo em causa a segurança, para alguns elementos encherem os cantis num curso de água.
Questionou-se depois, em relatório de missão da nossa Unidade, que não se deviam repetir operações deste tipo com Unidades de diferente preparação.
Pensava-se que esta Base já teria sido abandonada por ter sido algum tempo atrás localizada. Tinha vários abrigos contra bombas de avião e estava efectivamente ocupada.
Nota**: Definição apropriada ao tipo de guerra em causa, da nossa responsabilidade.

domingo, 3 de julho de 2016

Pré-fabricados em Tete em 1970

Tendo o nosso DFE5 sido a segunda Unidade de Fuzileiros em Tete*, inicialmente os seus elementos alojaram-se em tendas de campanha já usadas pela Unidade anterior, o DFE9. A partir de Setembro de 1970 começou a chegar material para a construção de casas pré-fabricadas, em grande parte partido. A construção, em que foram empenhados muitos elementos da nossa Unidade, teve início em Outubro de 1970 e a sua conclusão no fim de Novembro do mesmo ano.
Foram montadas duas casernas de 6 por 16 metros (com 8 janelas, duas portas-duplas e uma porta simples) para praças e duas casas de 6 por 6 metros (com 3 quartos, sala e casa de banho) para oficiais e sargentos.

Nota* Recorda-se que a situação anterior do DFE5 foi em Porto Amélia, na dependência do Comando da Defesa Marítima dos Portos de Porto Amélia.